Manuel das Neves Cortes nasceu em Braga a 13 de Dezembro de 1939. Aos 18 anos, decorria o ano de 1957, chega a Alverca para trabalhar nas OGMA. Na empresa começa por estar ligado às artes gráficas, com a experiência que trazia da litografia no Minho, mas a paixão pela fotografia leva-o a fundar a secção fotográfica nesta empresa, onde começa por lançar o livro “OGMA 50 anos”.

Em 1970 abre, em parceria com 3 colegas, um estúdio na Rua Brigadeiro Fernando Alberto de Oliveira, mas a sua irreverência e vontade de evoluir a arte da fotografia não para e em 1972 abre o seu próprio estúdio na Rua dos Lavadouros, lote 3, rés do chão esquerdo, em Alverca, a que deu o nome Cortes Tecnifoto, cumprindo assim mais um dos seus sonhos, aqui, com o apoio incondicional da sua esposa, Manuela Cortes.

O Cortes, como era conhecido em Alverca, era mais que o seu nome, era a ligação perfeita ao elevado profissionalismo que deixava em cada imagem que captava.

Ainda nas OGMA, na secção por ele fundada e depois de recrutar um magnifico grupo de funcionários para trabalhar nesta arte, criou e desenvolveu um novo processo gráfico, a serigrafia, com tudo o que era tecnologia, para assim ter à disposição da empresa todo um ilimitável processo de autocolantes, sinalética e publicidade, dando assim mais um grande passo na empresa ligada ao mundo da aeronáutica. Foi também quem produziu tudo o que era imagem e décor do magnifico Museu do Ar. Sempre e há medida que surgiam novidades no mercado da fotografia, o Cortes respondia pronto.

Em Novembro de 1990 foi um dos fundadores da APOGMA, esteve ligado ao Futebol Clube de Alverca como jogador no ano de 1958.

O estúdio em Alverca continua a trabalhar e a produzir no mesmo local desde há 50 anos, honrando a cada dia o legado que o seu fundador deixou.

A paixão pela fotografia e em particular por Alverca deixou-nos espetaculares imagens que se tornaram míticas na referência a várias épocas, imortalizando assim memórias da vila que se tornou cidade há 30 anos atrás.